Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva nasceu em Laguna, em 1821, e se casou aos 15 anos, casamento conturbado e que não durou muito. Em 1837, durante a tomada de Laguna pelos Farrapos, apaixonou-se por Garibaldi, com quem ficou até o fim de sua vida. A partir daí, tornou-se guerreira farrapa e acompanhou Giuseppe nas batalhas.
Capturada diversas vezes, inclusive grávida, teve cinco filhos,e, ao fim da quinta gravidez, não resistiu a uma crise de febre tifoide. Faleceu em 4 de agosto de 1849, em Ravenna.
Anita já foi citada diversas vezes em romances, músicas, peças de teatro, minisséries. E até hoje, é lembrada por muitas mulheres como exemplo de fibra e coragem.
Na beira da praia da longínqua Itália,
Anita contempla, as ondas do mar
A mão poderosa de louro de prata
Levou-a pra longe, da terra natal.
Anita morena, da pele macia
Amante de noite, soldado de dia
Um filho num braço, no outro um fuzil
Guerreira farrapa, guerreira uruguaia
Guerreira italiana, rolando na cama.
Guerreira farrapa, guerreira uruguaia
Nos braços de um homem, com cheiro de mar.
Anita menina, da verde laguna
Mulher farroupilha, legaste tua fibra
Fizeste tuas filhas a todas mulheres
A todas mulheres do sul do Brasil.
Marlene Pastro
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