quarta-feira, 21 de março de 2012

Mano Lima


Hoje a tarde assisti a uma entrevista com Mano Lima, maravilhosa, que vale muito a pena assistir.
Por isso compartilho com vocês...













E quanto mais conheço nossa história, mas me sinto honrada de ter nascido gaúcha!

segunda-feira, 19 de março de 2012

'Gauchômetro' de Bárbara Paz


Confesso que não gosto muito desses programas de variedades, mas esse quadro em especial gostei muito, e acho muito válido compartilhar com vocês.
Sábado, dia 17, o programa Estrelas, apresentado pela Angélica na Globo, testou o "gauchômetro" de Bárbara Paz, que é de Campo Bom. Preparou mate, comeu sagu, dançou Pézinho, e até chula (hahaha)... O quadro ficou muito bacana, mesmo. Não ridicularizou em nenhum momento a figura do gaúcho, como alguns programas têm feito. Vale muito a pena assistir:
Parabéns para a produção do programa, e claro a Bárbara Paz.




quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns gurias

Feliz dia das mulheres, com carinho
Blog Flor de Corticeira


Anita Garibaldi

Como forma singela de homenagem, às mulheres, pelo nosso dia, falarei um pouco de Anita Garibaldi que é, para mim, um dos maiores exemplos femininos de bravura e coragem. Tanto pela vida difícil que levava em Laguna, quanto pela vida de peleias que levou ao lado de Garibaldi.
Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva nasceu em Laguna, em 1821, e se casou aos 15 anos, casamento conturbado e que não durou muito. Em 1837, durante a tomada de Laguna pelos Farrapos, apaixonou-se por Garibaldi, com quem ficou até o fim de sua vida. A partir daí, tornou-se guerreira farrapa e acompanhou Giuseppe nas batalhas.
Capturada diversas vezes, inclusive grávida, teve cinco filhos,e, ao fim da quinta gravidez, não resistiu a uma crise de febre tifoide. Faleceu em 4 de agosto de 1849, em Ravenna.
Anita já foi citada diversas vezes em romances, músicas, peças de teatro, minisséries. E até hoje, é lembrada por muitas mulheres como exemplo de fibra e coragem.


Anita Garibaldi

Na beira da praia da longínqua Itália,
Anita contempla, as ondas do mar
A mão poderosa de louro de prata
Levou-a pra longe, da terra natal.

Anita morena, da pele macia
Amante de noite, soldado de dia
Um filho num braço, no outro um fuzil

Guerreira farrapa, guerreira uruguaia
Guerreira italiana, rolando na cama.
Guerreira farrapa, guerreira uruguaia
Nos braços de um homem, com cheiro de mar.

Anita menina, da verde laguna
Mulher farroupilha, legaste tua fibra
Fizeste tuas filhas a todas mulheres
A todas mulheres do sul do Brasil.

Marlene Pastro








quarta-feira, 7 de março de 2012

Prenda Serrana

Porque a prenda serrana também tem seu valor!

Prenda Serrana
Salvador Fernando Lamberty
Já se cantou liberdade,
Cantou-se a saga pampeana,
Eu vim para cantar belezas
Da linda prenda serrana.
A serra é jardim que guarda
Mulheres de mil repontes,
Loirinhas como as manhãs,
Morenas da cor dos montes.

Sou prenda-flor,
Senso e fervor,
Réstias de amor,
Que o sol conduz.
Eu sou trabalho, 
Gotas de orvalho,
Lá no meu rancho
Eu sou a luz!

A prenda serrana é simples,
Com seu jeito natural,
Mas só é capaz de amar
Um peão que tenha ideal.
Se a flor de vitória-régia
Tem porte de soberana,
Ninguém possui mais beleza
Que a nossa flor serrana.

Nos olhos tenho alvoradas,
Em tons de flores silvestres,
Sou irmã das madressilvas,
Que florescem nos campestres
Embalando a natureza,
Cantando lindas canções...
Vestidos longos de chita,
Rainha das tradições.



terça-feira, 6 de março de 2012

Berenice Azambuja


Pensei em contar histórias de algumas mulheres que foram de alguma forma importantes para o nosso estado. A primeira que me veio a cabeça foi BERENICE AZAMBUJA.
Confesso que não sou fã, mas reconheço sua importância na nossa cultura. Até hoje as mulheres não têm muito espaço na música gaúcha, e Berenice, desde cedo, se destacou. Começou a vida artística no programa Clube do Guri, aos 12 anos. Desde então, viaja pelo Rio Grande, cantando, tocando gaita, ajudando a preservar nossa cultura. Cantora, instrumentista, compositora, seu maior sucesso é "É DISSO QUE O VELHO GOSTA", que já foi regravada inúmeras vezes. Berenice já gravou 17 discos e 1 DVD. Sua característica mais forte, é usar sempre bombacha ou chiripá.




sexta-feira, 2 de março de 2012

A mulher gaúcha

Que a mulher nunca teve muito espaço no cenário gaúcho nós já sabemos, mas isso não significa que não tenha sido de suma importância para a nossa história.
Tanto peleando junto com os farrapos, quanto cuidando das estâncias, a mulher foi fundamental para a construção do gaúcho.
Ultimamente a mulher tem ganho bastante espaço no tradicionalismo. Vemos isso tanto na patronagem de CTGs, como na música e na lida campeira. A prenda tem mostrado cada vez mais seu lado "forte, aguerrido e bravo".
Este poema retrata muito bem isso. Boa leitura

Prenda Gaúcha
Gonçalves Chaves Calixto
Eu sou prenda gaúcha
Reparem no meu estilo
Este meu jeito tranquilo
Expressa a minha imponência
Tenho a mesma procedência
Do centauro farroupilha
Eu vim pela mesma trilha
Que o homem gaúcho veio
Com mesmo amor... mesmo anseio
Pela terra que sou filha.

Eu sou mulher gaúcha
Da mesma raça baguala 
Que o gaúcho quando fala
Me chama apenas de prenda
Esquece que fui legenda
Que história pouca contou
E o homem nunca notou
Cruzando no tempo afora
Por isso lhe falo agora
Da prenda guapa que sou.

Eu sou aquela que um dia 
Por força das circunstâncias
Ficou comandando estâncias
O campo e a gadaria
Enquanto o taura partia
Cruzando fronteira e serra
Indo ao encontro da guerra
Porque o dever o chamava
Eu aqui ficava
Tomando conta da terra.

Eu fui peona e fui patroa
Lidando com bois de canga
Fui maragata e chimanga
Sem escola, sem estudo
Gaúcha acima de tudo
Tendo o pampa por tesouro
Plantava e castrava touro
Na hora que precisava
E muitas vezes sangrava
Carneava e tirava o couro.

Fui tropeira e aprendi
Toda lida campesina
Pois tudo que a vida ensina
Pra sempre nos acompanha,
Fui parteira de campanha
Quando a vida me exigiu
Nas longas noites de frio
A tristeza sempre vinha
Porque aqui fiquei sozinha
Quando o gaúcho partiu.

Enquanto lá na batalha
O homem macho peleava
Era eu quem trabalhava
Enfrentando os empecilhos
Domando e criando filhos
Sentindo do homem a ausência
Mas lutei com persistência
Porque se o taura voltasse
Queria que ele encontrasse
Do mesmo jeito a querência.

Fui eu que através dos tempos 
Pelo homem fui lembrada...
Como mulher, e, mais nada
Do pampa sul brasileira,
Esqueceu que fui guerreira
Xucra, altiva, sem retovo
Pelo meu pago e meu povo
Se precisasse outra vez, faria tudo de novo.

Fui eu que fiquei à espera...
E quando o taura voltava,
Era eu que lhe curava
As feridas das batalhas...
Fui eu que fiz mortalhas
Na hora da despedida,
Fui eu que toda a vida
Vim andando ao seu lado
Vendo ser condecorado
E eu sempre sendo esquecida.

Eu não estou reclamando
De nada que tenha feito
Apenas quero respeito
Pela prenda e pela china
Esta altivez feminina
É a mesma onde quer que eu ande
Mesmo que o gaúcho mande 
Com machismo e arrogância
Que não esqueça a importância
Da mulher do meu Rio Grande.

Sem ser mais do que ninguém
Encaro o macho de frente
Digo a ti, taura valente
De estampa altiva e robusta
Não vais pensar que me assustas
Nem me julgues 'pequerrucha'
Nem tu, adaga e garrucha
Te faz tão grande, parceiro...
Saibas que tu coube inteiro,
no ventre de uma gaúcha!