quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E mais nostalgia...

Hoje a tarde, no auge dos momentos nostálgicos, decidi assistir novamente o documentário "Estradeiro". Vale muito a pena, por isso, compartilho.

 


"Avisto de longe o meu rincão
Saudade tem pressa de chegar
O tranco do pingo vai quebrando o silêncio
Que me leva ao sorriso do teu olhar..."

Pra começar bem o dia...

Tenho que admitir que me faltam ideias para as postagens, mas ultimamente uma nostalgia tem tomado conta de mim, e sempre que estou assim, ouvir JCB me acalma, e acredito que eu não seja a única... Então, bamo dividir...

"O tempo que nos separa
É que mais nos aproxima..."

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Domingo, coisa boa!

" Desta vida a gente leva nos encontros do cavalo
Pechando e botando pealo, coisas que faço me rindo
Do bagual eu faço um pingo, pra um andejar de aragano
Que não tem dias do ano mais belos do que os domingos...♪"




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Flor de Corticeira

"Linda flor matreira é da corticeira
Que nasceu na beira de um pequeno rio
Era sestiola quando pandiola
Quebra a ventarola sob um sol de estio

Entre pedra e areia ela corcoveia
Se borboleteia pelo riacho a fora
Cheia de tristeza pela correnteza
A flor indefesa lá se vai embora"

Objetos...

Há tempos venho pensando num assunto que me entristece muito, a falta de respeito com as mulheres, não só por parte dos outros, mas por parte delas mesmas. E também a forma como a sociedade julga certo o comportamento feminino. Me explico.
Uns dias atrás, andava (bem faceira) pelas ruas de Caxias, pilchada, lógico...É claro que as pessoas não estão acostumadas a ver alguém pilchado por ai, ainda mais uma mulher. Até aí tudo bem, mas os olhares que recebia eram de reprovação, como se estivesse mal vestida, ou fazendo algo errado. Aí eu me pergunto, por que gaúchos teriam preconceito com a pilcha, sendo que ela faz parte da nossa história?! Ou estaria eu, tão feia assim!? Engraçado é que, nunca vi esse tipo de olhar direcionado a mulheres semi nuas, o que está cada vez mais frequente de se ver pelas ruas, a qualquer hora do dia. Mas então, é mais bonito ver, uma mulher com roupas curtas, vulgarmente vestida, do que uma moça pilchada, representando o amor por sua história. É ai que vem a minha maior dúvida, eu que sou muito 'careta' ou a sociedade que perdeu os valores?!
Acredito que seja a segunda opção, as gurias estão se 'descobrindo' cada vez mais cedo, e pudor, aaah, esse parece que não existe mais. Acho muito feio, ver uma mulher com roupas tão minúsculas, que seria melhor se estivesse sem. Não há mais respeito, elas são tratadas como objetos, e não só pelos homens, por elas mesmas. Não existe mais pureza, delicadeza, aquele quê de feminilidade, que até as prendas mais campeiras não perderam. Esse tipo de perfil parece que já foi aceito pela sociedade, e as gurias que não se encaixam nele, acabam ficando 'de fora'. Nunca me importei com 'padrões da sociedade', mas esse tipo de pensamento realmente me assusta. Homens (a maioria deles, por favor, não me julguem, é o que vejo)
só procuram mulheres fúteis e vulgares, e elas (ainda existem exceções), pra não se sentires excluídas, se transformam. Desculpa, mas isso, pra mim não é nenhum pouco legal, acho ridículo, na verdade. Prefiro ser vista com olhos de reprovação, do que ser desejada com olhos cheios de vulgaridade.




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

" Bendita china gaúcha..."

China

A maior das gauchadas
Que há na Sagrada Escritura,
- Falo como criatura,
Mas penso que não me engano!-
É aquela, em que o Soberano,
Na sua pressa divina,
Resolveu fazer a china
Da costela do paisano!

Bendita china gaúcha
Que és rainha do pampa,
E tens na divina estampa
Um quê de nobre e altivo.
És perfume, és lenitivo
Que nos encanta e suaviza
E num minuto escraviza
O índio mais primitivo!

Fruto selvagem do pago,
Potranquita redomona,
Teus feitiços de madona
Já manearam muito cuera,
E o teu andar de pantera,
Retovado de malícia
Nesta querência patrícia
Fez muito rancho tapera!

Refletem teus olhos negros
Velhas orgias pagãs
E a beleza das manhãs,
Quando no campo clareia...
Até o sol que te bronzeia
Beijando-te a estampa esguia
Faz de ti, prenda bravia
Uma pampeana sereia!

Jamais alguém contestou
O teu cetro de realeza!
E o trono da natureza
É teu, chinoca lindaça...
Pois tu refletes com graça
As fidalgas Açorianas
Charruas e Castelhanas
Vertentes vivas da raça!

A mimosa curvatura 
Desse teu corpo moreno
É o pago em ponto pequeno
Feito com arte divina,
E o teu colo empina
Quando suspiras com ânsia
São dois cerros na distância
Cobertos pela neblina.

Quem não te adora o cabelo
mais negro que o picumã?
E essa boca de romã
Nascida para o afago,
Como que a pedir um trago
Desse licor proibido
Que o índio bebe escondido
Desde a formação do pago?

Pra mim tu pealaste os anjos
Na armada do teu sorriso,
Fugindo do Paraíso,
Para esta campanha agreste,
E nalgum ritual campestre,
Por força do teu encanto,
Transformaste o pago santo
Num paraíso terrestre!
Jayme Caetano Braun




O nome deste blog é em homenagem a minha grande amiga, um regalo que ganhei do destino, a Tati, que me chama assim, carinhosamente. Te amo muito, meu Coração de Cordeona.


"Quando a tardinha chega ao tranco escramuçando,
No oitão do rancho pra golpeá o mate me sento,
junto da china, amor xucro e candongueiro
e o sol matreiro se rebolca terra adentro...♪"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Buenas...

Bueno, criei esse blog, não para ser mais um blog 'gaúcho' da internet, mas sim, pra mostrar a minha visão do Rio Grande, meu amor por esse estado é enorme, impossível explicar, e eu acho lindo demonstrar. Por isso, e  pra mostrar que mulheres também podem amar e cuidar desse nosso chão que decidi criar o Flor de Corticeira.